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Inbenta foca em grandes marcas para crescer

A Inbenta, desenvolvedora de soluções para inteligência artificial, busca semântica e chatbots, estima fechar 2019 com um faturamento 50% maior. Com presença em nove países, a empresa começou a ver, a partir de março, sinais de melhora do mercado brasileiro para implementar novos projetos de chatbot. Para crescer por aqui, a receita é colocar o foco em grandes empresas com um volume grande de atendimento.

Para Cassiano Maschio, diretor Comercial da Inbenta, a expectativa é de avanço desse mercado. “O uso de chatbot está crescendo e se popularizando”, avalia o executivo da Inbenta, empresa de origem espanhola dona de um portfólio de 30 clientes no país em setores como educação, finanças, seguro, varejo e serviços.

A meta da empresa para este ano é expandir a sua base de clientes também em 50%. “O foco são as grandes marcas, pois temos uma solução mais robusta em termos de processamento de linguagem natural. É uma plataforma que trabalha para resolver um problema de foro corporativo”, explica o executivo da Inbenta, que aposta na relação com parceiros de mercado para fazer a base da plataforma ganhar mais terreno.

Tecnologia própria

O negócio da Inbenta está ancorado em uma plataforma de criação de chatbots com uma tecnologia própria que utiliza mais de 30 idiomas. Com essa solução, é possível converter uma informação de linguagem natural em um código ligado a um algoritmo que se conecta com uma base de conhecimento.

Apesar da robustez, a plataforma é escalável, flexível e de fácil integração om outros sistemas, via o uso de APIs e SDKs, ressalta Maschio, citando o Google Assistente, o Alexa, SMS e o Whatsapp. Segundo ele, um dos diferenciais é que a tecnologia exige baixa necessidade de treinamento e trabalho de aprendizado de máquina, o que traz ganho de tempo e economia na implementação do chatbot.

“É possível colocar o chatbot em produção em um prazo de um a três meses”, diz o executivo da Inbenta, explicando que a tecnologia trabalha mais com o aspecto contextual da linguagem para fazer as interações com uma base de informação consolidada.

Mercado importante

Segundo o executivo, o Brasil é, hoje, um dos principais mercados da Inbenta, que atua também nos Estados Unidos, Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Holanda, Japão e México. Maschio conta, por exemplo, que a empresa tem mais chatbots implementado aqui do que no mercado norte-americano.

“Os Estados Unidos são mais céticos em relação às ferramentas mais inovadoras. No lugar dos chatbots, eles preferem uma busca inteligente para atender às solicitações dos clientes”, observa Maschio, acrescentando que agora os chatbots já estão mais popularizados por lá.

Embora acredite no avanço dos chatbots no país, Maschio vê uma barreira séria pela frente: a dificuldade de encontrar profissionais para atender a demanda que vem por aí. A saída da Inbenta foi desenvolver um programa para treinamento de parceiros. “Como trabalhamos com uma tecnologia própria e em um mercado ainda novo, é difícil encontrar pessoas prontas”, observa o executivo.

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