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Integração homem-máquina é acelerada e irreversível, diz especialista

Para Martha Gabriel, a tecnologia evolui de maneira rápida e exponencial

A marcha rumo a um futuro de plena integração homem-máquina tem duas características: é acelerada e irreversível. Quem aponta é Martha Gabriel, palestrante conceituada na área de inteligência artificial, que nesta terça-feira, 27 de agosto, participou do Think Voice da IBM, em São Paulo.

Engenheira por formação, Martha deu insights sobre o tema “onde estamos e para onde vamos”. “A tecnologia evolui de maneira rápida e exponencial”, decretou Martha, para em seguida informar que, apesar disso, ainda estamos no início de uma longa caminhada.

Reconhecida mundialmente como uma das maiores especialistas em inteligência artificial, Martha explicou em que momento a tecnologia se encontra. Para ela, as máquinas precisam alcançar três estágios de inteligência.

“Estamos no narrow, em que a máquina faz uma coisa por vez. No segundo, chamado de geral, ela vai realizar várias coisas ao mesmo tempo. O terceiro é a superinteligência, o momento da singularidade. Não sabemos o que acontecerá quando chegarmos lá”, observa.

A palestrante aproveitou também para quebrar alguns paradigmas que leigos e até alguns especialistas acreditam. “Máquinas são ótimas em criatividade. Trata-se de combinar dados de forma nova para resolver problema. Máquina tem mais competência para fazer isso rápido e com volume maior”, comentou.

Sobre o futuro, Martha foi direta: “Quando me perguntam qual é a habilidade humana essencial para o século XXI e para a era das máquinas, respondo que é o pensamento crítico. O problema é que pensamento crítico depende de educação e não do Q.I”, diz.

Entre outros tantos assuntos abordados, Martha também aproveitou para desmistificar qualquer espécie de rivalidade que possa existir entre homem e máquina. Para ela, os dois são complementares.

“Elas fazem uma coisa por vez. A gente, várias. Elas são melhores em automação, nós em autonomia. Elas ganham em volume, os humanos em ambiguidade. As máquinas são mais velozes, mas nós temos pensamento crítico. Elas só tem a razão, nós trabalhamos também com a emoção”, analisa.

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