Tecnologia do Google ajuda quem tem deficiência de visão

O uso do Nest Hub e do Hub Max está mais fácil e proativo, sobretudo para quem tem algum tipo de deficiência de visão. O Google desenvolveu um recurso chamado de detecção de ultrassom, que faz com que o monitor exiba as informações mais relevantes quando a pessoa está longe desses dispositivos inteligentes. À medida que o usuário se aproxima do aparelho, a tela mostra mais detalhes, com botões acionáveis.

Segundo o Google, a detecção por ultrassom já funciona para temporizadores, previsão do tempo, mapas e reprodução de mídia. A partir da próxima semana, os dispositivos também começarão a mostrar lembretes, compromissos de calendário e alertas quando a pessoa se aproximar da tela.

Como está usando uma tecnologia de detecção de baixa resolução, o sensor de ultrassom acontece inteiramente no dispositivo, sendo somente capaz de detectar movimentos em larga escala (como uma pessoa em movimento). No entanto, não consegue identificar quem é a pessoa.

“Queríamos criar uma experiência melhor para pessoas com baixa visão. Por isso, criamos uma maneira de mais pessoas verem nossa tela facilmente a qualquer distância em uma sala, sem comprometer as informações úteis que a tela pode mostrar quando estiver próxima”, escreveu Ashton Udall, diretor de Produto do Google Nest em post publicado no blog da empresa.

A referência para encontrar a tecnologia de detecção veio do reino animal, como lembrou Udall. Ou seja, era preciso saber se a pessoa estava perto ou longe de um dispositivo e mostrar as coisas certas com base nessa distância, enquanto protegia a privacidade delas, segundo ele.

“Nossos engenheiros chegaram a uma que era completamente nova nos produtos do Google Assistente, mas que é usada no reino animal há eras: a ecolocalização”, contou o executivo, lembrando que este recurso é usado por animais de baixa visão como morcegos e golfinhos que emitem sons para se localizar.

Assim, explicou no post, o Nest Hub e o Nest Hub Max emitem ondas sonoras inaudíveis para avaliar a proximidade da pessoa com o dispositivo. “Se você fechar, a tela mostrará mais detalhes e controles de toque. Quando você estiver mais longe, a tela mudará para mostrar apenas as informações mais importantes em textos maiores. A detecção por ultrassom permite que nossos displays inteligentes reajam à distância do usuário”, contou Udall.

Segundo ele, para desenvolver os designs de tela certos, a equipe do Nest testou diferentes alturas de texto, níveis de contraste e densidade de informações e mediu a facilidade com que as pessoas podiam ler o que estava na tela.

“Foi revigorante quando, independentemente da idade ou deficiência visual, os testadores faziam comentários como apenas parece mais fácil de ler. O design para pessoas com baixa visão melhorou a experiência de todos”, destacou.