Até o final deste ano, mais da metade das pesquisas na internet será feita por voz, como revela uma estimativa da ComScore, dos Estados Unidos. Para as empresas, essa tendência exigirá uma mudança na estratégia de SEO (Search Engine Optimization), segundo Anderson Fagundes, CEO da Lume – Growth Partner. No ano passado, a empresa viu os números de um case seu na área de e-commerce tirar proveito dessa adaptação.
A mudança na estratégia, contou Fagundes, gerou um crescimento de tráfego orgânico de 202%. Sem contar que vários conteúdos foram utilizados pelo Google como resultado para a posição zero, que são as respostas que o site exibe prontas na sua primeira página de pesquisa.
Fagundes observou que nos anos anteriores o crescimento havia sido de 15% a 30%. A principal mudança foi na estruturação do conteúdo em um modelo de perguntas e respostas, incluindo termos como “o que”, “qual”, “onde”, entre outros.
“Já era produzido um conteúdo bem estruturado, mas bastou uma leve mudança nos cabeçalhos para os resultados aumentarem”, destacou o CEO da Lume. A constatação é de que na pesquisa por voz esse tipo de questão no estilo de perguntas diretas é muito mais buscado.
Além do aprimoramento tecnológico do recurso por voz em smartphones e outros dispositivos, o executivo também destacou que é importante pensar como o usuário pesquisa atualmente. Quando ele deseja saber a previsão do tempo, por exemplo, poderá digitar “previsão do tempo em São Paulo”, mas na pesquisa por voz irá falar “Qual a previsão do tempo em São Paulo?”, ou alguma frase mais específica.
“Espera-se que a resposta seja um conteúdo mais simples e rápido de ler. As empresas precisam entender a necessidade dessa adaptação se desejam crescer organicamente na internet e aliando isso a outras técnicas de SEO”, indicou.