O Amazon Fire TV Stick chega ao Brasil em duas versões, uma mais robusta com resolução em 4K Ultra HD, por R$449, e outra com resolução de 1080p, por R$379. Com a capacidade de tornar uma televisão comum em smart, o aparelho vai muito além das funções de streaming, permitindo uma ampla integração com a assistente de voz Alexa.
Ambos os modelos trazem as mesmas características técnicas, diferenciando-se apenas pela qualidade da imagem. Por conta disso, o review abordará tanto a versão 4K quanto a versão “básica” do Fire TV Stick.
O que vem no kit?
As principais peças que você encontrará ao comprar o conjunto completo do Fire TV Stick são: o dongle, dispositivo que se conecta à televisão pela entrada HDMI, e o controle remoto integrado com a Alexa. Além disso, também estão presentes no kit um adaptador de energia, um cabo USB (para o carregamento), um cabo extensor de HDMI e duas pilhas AAA.
A instalação dos aparelhos é bem simples, basta espetar o dongle na televisão e localizar a entrada correta na TV. Automaticamente serão realizadas atualizações do aparelho. Após a instalação, basta conectar a sua conta Amazon e a Fire TV já poderá ser usada.
Novo controle
Diferentemente da versão anterior do controle da Fire TV, a nova versão traz botões dedicados para o que faz o dispositivo brilhar: acesso à assistente de voz Alexa e aos serviços de streaming.
No controle, ao pressionar o botão com o ícone da Alexa, os usuários poderão fazer os comandos que serão ouvidos pela assistente e, assim como nos smart speakers e smart displays, a referência visual de que ela está ouvindo aparecerá na parte inferior da TV.
Além da assistente, o controle também traz acesso rápido para alguns dos principais serviços de streaming no Brasil: Amazon Prime Video, Netflix, Disney + e Amazon Music.
Alexa
Integrado com a assistente de voz da Amazon, o novo Fire TV Stick traz algumas possibilidades que antes estavam apenas na imaginação de muitos donos de Smart TVs. Por exemplo, para assistir o videoclipe da música “Help” no Youtube basta dar o comando para Alexa, não sendo necessário digitar nenhum texto no teclado da plataforma.
Essa funcionalidade serve para qualquer serviço de streaming disponível no Fire TV, como o Spotify, Deezer, Twitter, Facebook, entre muitos outros. No entanto, vale lembrar que antes de usar esses aplicativos é necessário fazer o download na biblioteca de apps do aparelho. Por enquanto, alguns serviços de streaming muito usados no Brasil, como o Globoplay e HBO Go, ainda não estão no catálogo do Fire TV.
Parecido com um aparelho Echo Show, você poderá acessar todas as funcionalidades comuns de um smart display pela TV. Por meio da Alexa integrada no controle, é possível ativar todas as skills da assistente, ouvir um resumo das notícias e ver a previsão do tempo, tudo por meio da voz.
Já nos conteúdos audiovisuais o telespectador tem quase total domínio no que está assistindo, podendo pausar, continuar e avançar ou retroceder qualquer intervalo de tempo.
Além disso, alguns botões da televisão estão conectados com a Alexa, o que permite aumentar/diminuir o volume e ligar/desligar a televisão sem precisar apertar nos botões correspondentes. Porém, nesses casos, o comando precisa estar completo para ser reconhecido. Por exemplo, a assistente não reconhece quando se diz apenas “Mutar”, é preciso ser específico dizendo “Mutar TV”.
Apesar de os comandos pré-determinados serem reconhecidos, como “Assistir The Google Place” ou “Procurar por filmes de ficção científica”, durante os testes usando os comandos de voz foi possível notar que não se pode controlar todo o Fire TV pela assistente.
Por exemplo, na Netflix é preciso usar o controle para navegar pelas seções do serviço e para acessar a lista. A única exceção é o Youtube, em que a assistente de voz funciona como uma substituta completa do teclado virtual.
Nele, você pode fazer pesquisas muito específicas que todo o texto será transcrito. Entre os testes que fiz na plataforma, eu falei para a assistente “cena da dança em The Umbrella Academy” e “entrevista dos Beatles no Ed Sullivan Show”. Em ambos os casos o meu comando foi reconhecido.
No entanto, esse recurso de fala para texto (text-to-speech) tem algumas limitações, não sendo possível, por exemplo, preencher os campos de e-mail e senha.
Como já foi mencionado, um dos principais destaques da integração com a assistente de voz é o acesso ao catálogo de skills da Alexa. Assim, é como se a sua televisão se tornasse um Echo Show gigante. Entre as skills que testei que mais se destacaram da sua versão no smart display tradicional está o “Akinator”.
No caso desse voice game, toda a pergunta aparece na tela do Fire TV, assim, antes mesmo de a assistente terminar de ler a pergunta, é possível interrompê-la para dar a resposta, tornando o jogo de adivinhação muito mais dinâmico.
Detalhes técnicos
Tanto o Fire TV Stick 4K quanto a versão padrão vêm com um processador quad-core de 1,7 GHz. Graças a esses quatro núcleos, o dispositivo é capaz de realizar múltiplas tarefas simultaneamente. Por exemplo, é possível pedir para a Alexa tocar uma música, enquanto se faz um download e navega pela internet.
O dongle que vem em cada um dos kits traz um armazenamento interno de 8GB, que é destinado para fazer o download dos conteúdos presentes na biblioteca de aplicativos do Fire TV. No entanto, somente o modelo 4K suporta o formato Dolby Vision, que traz uma maior qualidade no brilho e na profundidade das cores. Porém, é importante lembrar que esse tipo de imagem só funciona para os donos de TVs que rodam em 4K
Já o controle que vem nos dois kits é idêntico, funcionando para qualquer dongle produzido pela Amazon. Por conta dessa retrocompatibilidade, o controle integrado com a Alexa pode ser comprado separadamente no site Amazon por R$ 179.