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Assistentes de voz na mira da Comissão Europeia

Relatório preliminar aponta preocupações com a concorrência nos mercados de produtos e serviços baseado em IoT

A concorrência nos mercados de produtos e serviços da União Europeia baseados em Internet das Coisas (IoT) está na mira da Comissão Europeia. A entidade publicou nesta quarta-feira, 9 de junho, um relatório preliminar que levanta uma série de questões sobre o uso dessas soluções, entre elas os assistentes de voz.

O relatório aponta uma forte tendência de uso e proliferação dos assistentes de voz como interface de usuário para a interação com diferentes dispositivos inteligentes e serviços de IoT do consumidor.

Segundo a maioria das respostas das 200 empresas consultadas, os custos de investimento em tecnologia são particularmente elevados no mercado de assistentes de voz.

Sobre a situação competitiva, uma boa parte dos entrevistados vê como dificuldade a competição com  empresas verticalmente integradas que construíram seus próprios ecossistemas dentro e fora do setor de IoT, como Google, Amazon e Apple.

“Como esses players fornecem os sistemas operacionais de dispositivos móveis e inteligentes mais comuns, bem como os principais assistentes de voz, eles determinam os processos de integração de dispositivos e serviços inteligentes em um sistema IoT do consumidor”, diz a Comissão Europeia em seu comunicado.

Os entrevistados levantaram também preocupações com certas práticas de exclusividade e vinculação em relação aos assistentes de voz, bem como aquelas que limitam a possibilidade de usar diferentes assistentes de voz no mesmo dispositivo inteligente.

Uma delas é a posição dos assistentes de voz e sistemas operacionais de dispositivos inteligentes como intermediários entre usuários, de um lado, e dispositivos inteligentes ou serviços de IoT do consumidor, do outro lado.

De acordo com eles, essa posição, combinada com seu papel fundamental na geração e coleta de dados, permitiria que controlassem os relacionamentos com os usuários. Eles levantaram ainda preocupações em relação à descoberta e visibilidade de seus serviços de IoT para o consumidor.

“Uma competição justa é necessária para aproveitar ao máximo o grande potencial da Internet das Coisas para os consumidores em suas vidas diárias. Esta análise alimentará nossa aplicação futura e ação regulatória”, destacou Margrethe Vestager, vice-presidente executiva da Comissão Europeia, responsável pela política de concorrência.

Até o dia 1º de setembro, o relatório preliminar estará em consulta pública para receber mais subsídios do mercado sobre a questão. A previsão da Comissão Europeia é publicar a versão final do documento, que servirá para regulamentar o tema, no primeiro semestre de 2022. 

As conclusões do relatório também podem contribuir para o debate sobre o debate legislativo em curto sobre a proposta da Comissão para a Lei dos Mercados Digitais.

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