A Amazon negou as alegações de suposta infração em duas patentes relacionadas à assistente de voz Alexa. A acusação foi feita pelo juiz distrital Richard Andrews, do tribunal federal de Delaware, que, segundo ele, o software da assistente usa uma tecnologia de reconhecimento e resposta diferente da que foi originalmente patenteada.
O juiz diz que a linguagem interagente da Alexa não incluía a “camada de protocolo de conversação”, descrita pela Amazon como um “formato” em vez uma de “linguagem”.
Em contrapartida, a empresa respondeu dizendo que a assistente pode ser usada para controlar todos os dispositivos inteligentes da Amazon, e não infringe as patentes pois não usa uma “plataforma expansível, independente e de linguagem interagente”.
A Amazon e outras empresas de tecnologia enfrentam constantemente processos judiciais por conta dos assistentes de voz. Um caso recente envolvendo a Apple alega que a empresa usa a Siri para violar a privacidade dos usuários.
Segundo os reclamantes do processo, as “ativações acidentais” da assistente ouvem e gravam as conversas das pessoas. Uma das pessoas alegou que começou a receber anúncios sobre tratamento cirúrgico depois de conversar com o médico. Já outras disseram que a assistente direcionou produtos de tênis e óculos de sol depois de conversas privadas.
O juiz distrital dos Estados Unidos, Jeffrey White, diz que o processo não mostra que os usuários sofreram qualquer dano econômico. No entanto, ele decidiu que as reclamações são válidas para possíveis violações das leis de proteção de dados da Califórnia e do Ato de escuta telefônica federal.
As primeiras acusações contra a Apple de violar a privacidade surgiram em 2019. Na época, a empresa disse que as gravações duram apenas alguns segundos e menos de um por cento das ativações da Siri são escolhidas para teste. Após as reclamações, a Apple tornou o programa em um sistema opcional.