Com crescimento exponencial, a pesquisa por voz seguirá, em 2020, com seu alto poder de influenciar as marcas a criarem conteúdo e se comercializarem online. A avaliação é de André Miceli, coordenador do MBA de Marketing e Negócios Digitais da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
“Com cerca de um quarto das residências nos EUA possuindo Google Home, Amazon Echo ou outro alto-falante inteligente e 61% das pessoas, entre 25 e 64 anos, já usando um dispositivo de voz e pretendendo usá-lo ainda mais no futuro, fica evidente que este é um caminho sem volta. A voz guiará o mercado daqui frente”, destaca o professor da FGV.
Para ele, 2020 marcará a chance para que as empresas pensem além do que estão fazendo e alinhem suas metas de marketing aos objetivos gerais do negócio. Segundo Miceli, esse movimento de mudança, aliada às novas tecnologias, permite que as empresas melhorem seus serviços e a experiência com o usuário, aumentando o reconhecimento e a reputação da marca e, consequentemente, sua receita.
Um dos pontos alto nas estratégias das empresa é o customer experience. O professor da FGV explica que, em um ambiente de maior competição, a experiência do cliente se consolida como um diferencial. “Ao criar experiências para o público, as empresas criam um vínculo com ele e se diferenciam de seus concorrentes”, observa.
Para ele, o conteúdo visual é uma peça importante para agregar diferentes valores às estratégias de marketing. “As estratégias visual-first abrangem diversos tipos de conteúdo como fotos, infográficos e animações”, diz.
“Com o boom das pesquisas por voz e redes como Instagram e Pinterest nos últimos anos, esse é um movimento que o mercado deve ter atenção”, ressalta Miceli.
O professor da FGV destaca ainda outros pontos importantes, como a automação baseada em inteligência artificial, fazendo as empresas aplicá-la no marketing.
“Por trás de tecnologias como pesquisa por voz e chatbots, a IA tem auxiliado a otimizar processos de marketing, possibilitando um maior foco às estratégias e criação de melhores experiências para o consumidor”, opina o especialista, destacando ainda outros pontos como o uso de vídeo ao vivo, o lifecycle marketing e a preocupação com a privacidade do consumidor.