Claudio Emanuel de Menezes*
Bilhões de pessoas estão conectadas à internet gerando dados de forma independente. Somado a esse universo, temos as empresas criando e coletando informações de diferentes fontes para operar seus negócios. Estamos na era do data driven e nenhuma empresa, seja ela pequena, média ou grande, pode deixar de lado essa evolução. A informação se tornou o petróleo das organizações.
Processos são digitalizados, dados e históricos são cruzados. Todas as empresas passaram a ser gerenciadas por meio de seus dados e, portanto, a tecnologia, que é essencial para qualquer negócio se manter competitivo, vira a protagonista das operações. Mas, e quando esse mar de informação começa a ser exposto a riscos?
Ataques cibernéticos bloqueiam os sistemas das empresas, roubam seus dados e, nessa seara, se perde receita, clientes e oportunidades de negócios. Somente no ano passado, segundo a Ponemon Institute, 67% das empresas pequenas e médias sofreram algum tipo de ataque virtual e, quando eles acontecem, dados pessoais de clientes são expostos.
Somada à preocupação com o vazamento das informações, agora esse alerta se soma à preocupação com a entrada da nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrará em vigor em agosto de 2020. Com ela, virão autuações e multas que podem fragilizar por completo uma empresa. E quando apontamos para essa questão, vemos que há um grande problema no despreparo das empresas em relação à perda de dados e falta de pessoas com conhecimento para criar barreiras de proteção contra os ataques.
No que tange às pequenas e médias empresas, muitas vezes essas operações não têm um departamento estruturado de TI, com conhecimento técnico e especializado para a implantação de planos de contenção e uma estratégia de proteção. Neste caso, e principalmente agora com a entrada da LGPD, o caminho é buscar especialistas no mercado para a criação de um plano de proteção da TI.
Esta preocupação também pode beneficiar as empresas na operação, não apenas na redução de custos e perda financeira a partir de uma gestão de riscos. É possível melhorar a reputação no mercado, ganhar produtividade e disponibilidade dos sistemas, reduzir as vulnerabilidades e ainda alcançar uma redução média de 70% dos incidentes relacionados à Tecnologia da Informação. Mais do que se prevenir, a atenção e o cuidado com sua TI pode apoiar na evolução de seu negócio.
*Claudio Emanuel de Menezes é CEO da Disoft