Cinco passos para o futuro da conectividade 5G

Por Ricardo Hayashi

Com a chegada recente dos primeiros serviços 5G sem fio, a jornada começa a se delinear e as empresas começam a estudar quais passos devem tomar para adotar a nova tecnologia. Ao fornecer conectividade sem fio até 100 vezes mais rápido que qualquer tecnologia anterior, o 5G criará novas oportunidades e novos mercados e impulsionará ainda mais o mundo da Internet das Coisas (Internet of Things – IoT).

E quais são os principais passos para se preparar para o futuro da conectividade 5G? Nós identificamos cinco passos fundamentais para ter sucesso nessa jornada.

Em primeiro lugar, é preciso garantir que a sua abordagem de modelagem de dados seja adequada para implantações de IoT. Os modelos de dados relacionais, baseados no princípio de que todos os dados estão armazenados em tabelas, não desaparecerão tão cedo, mas não foram projetados para lidar com os requisitos da IoT e a conectividade 5G.

Um modelo de dados de séries temporais, com observações feitas sequencialmente ao longo do tempo, é mais adequado para gerenciar conjuntos de dados de IoT, em que os eventos devem ser gravados com base no tempo e depois analisados com base no cenário, condições e estados do entorno no momento em que ocorreram os eventos.

Em segundo lugar, esses dados precisam ser analisados em tempo real. Os dispositivos conectados geram dados constantemente, e esses dados devem ser enviados e recebidos. Muitas vezes, também é preciso agir rapidamente, o que significa que você precisa da capacidade de analisar dados em tempo real.

Por exemplo, quando existe uma condição de falha iminente que se ocorrer provocará a interrupção da operação, com o monitoramento do ativo é possível saber com antecedência esta situação e realizar a intervenção, resultando em menores chances de se ter uma parada na operação da planta.

Os dados só têm valor enquanto geram inteligência. Por isso, o terceiro passo é manter apenas os dados necessários. Embora a IoT gere uma tonelada de dados, alguns deles perdem sua utilidade muito rapidamente e não precisam ser mantidos.

Dados que apresentam apenas situações corriqueiras e dentro da normalidade podem ser descartados, como medidas de pluviômetros onde os valores são iguais a zero indicando a não incidência de chuva. Armazenar dados desnecessários é caro e consome recursos. Por isso, os dados da IoT precisam ser avaliados por seu valor, relevância e ciclo de vida.

Escalabilidade

Mais empresas estão se voltando para a nuvem híbrida para aproveitar o custo-benefício da nuvem pública e ao mesmo tempo manter o controle na nuvem privada. A IoT exigirá a capacidade de escalar à medida que os volumes de dados aumentam, e a nuvem híbrida pode melhorar o desempenho da IoT, mantendo o processamento de dados mais próximo de onde os dados são criados, reduzindo o tráfego de dados em direção ao centro de controle e armazenando apenas dados relevantes em um repositório centralizado para possibilitar a criação de dashboards (analíticas de negócio) que sintetizem as informações de várias fontes para tomada de decisão.

Por fim, a IoT precisará de análises robustas. Quanto mais dados houver, mais você precisará entender o valor desses dados. Soluções de Analytics ajudam a descobrir padrões de comportamento de algumas grandezas e identificar quando há alguma anormalidade que denotam um mau funcionamento de ativos monitorados. As ferramentas analíticas em tempo real que se integram ao seu sistema de dados ajudarão você a aproveitar os dados da IoT em um mundo 5G.

Adotar esses cinco passos ajudará a criar uma base sólida para o futuro com a tecnologia 5G que se aproxima rapidamente. Ao garantir que seus sistemas de dados sejam compatíveis e ofereçam suporte ao 5G e aos dados coletados e analisados pelos dispositivos de IoT, sua empresa poderá aproveitar as vantagens da IoT e oferecer as experiências que o cliente moderno de hoje espera.

Ricardo Hayashi é responsável por produtos para Conexões Inteligentes da Atech