A Amazon foi multada pela Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) no valor de US$ 887 milhões (€ 746 milhões), maior valor da história do órgão. A multa é decorrente da acusação sofrida pela varejista de violar os dados pessoais dos clientes para publicidades direcionadas.
A empresa divulgou o valor por meio de um documento nesta sexta-feira, 30 de julho, dizendo que a decisão do CNPD é infundada e “sem mérito”.
“Não houve violação de dados e nenhum dado de cliente foi exposto a terceiros. Esses fatos são indiscutíveis”, disse um porta-voz da Amazon.
A multa é consequência de uma reclamação feita em 2018 pelo grupo francês de direitos da privacidade La Quadrature du Net. Além da Amazon, outros grandes nomes da tecnologia, como Apple, Facebook, Google e Linkedin, também estão sendo investigados.
“O modelo de dominação econômica baseado na exploração de nossa privacidade e livre arbítrio é profundamente ilegítimo e contrário a todos os valores que nossas sociedades democráticas afirmam defender”, disse o grupo em um comunicado.
Segundo o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia, os órgãos podem aplicar multas de até 4% do faturamento anual da empresa. No entanto, a penalidade representa cerca de 4,2% do lucro líquido da empresa em 2020 (US$ 21,3 bilhões). A Amazon comunicou que irá recorrer da decisão.
As acusações se estabelecem no uso indevido do histórico de navegação no site de compras da varejista e das informações captadas pela assistente de voz Alexa. Porém, a empresa diz que a coleta de dados serve para melhorar a experiência dos clientes.
A maior penalidade que uma empresa já sofreu até então foi o Google em 2019, quando foi multado no valor de €50 milhões.
Fonte: TechCrunch