Aparecimento da marca sonora, surgimento de novas arquiteturas para assistentes de voz, aumento da importância dos aparelhos auditivos, uso de voz nos carros e chegada das primeiras empresas de aplicativos de voz com valor de mais de US$ 100 milhões.
Os temas integram a lista de previsões de 46 profissionais que atuam no mercado de voz dos Estados Unidos, consultados em uma reportagem do Voicebot.ai. O material reúne opiniões de executivos de uma série de empresas, como Soundhound, Modev, Viv Labs/Samsung, Voice Metrics, Pandora, Instreamatic e Xappmedia. Veja abaixo algumas das previsões:
David Cicarelli, CEO da Voices.com
“Em 2020, veremos mais e mais marcas incorporando a assinatura sonora em suas estratégias gerais de marketing, com a Alexa Skills e o Google Actions se tornando mais populares. Será interessante ver como as empresas construirão a confiança da marca com tecnologias de voz que ainda não são totalmente confiáveis, e eu prevejo que o uso da voz humana será um grande fator na construção dessa confiança. Não apenas existe uma preferência por vozes humanas na tecnologia de voz, mas uma voz humana também aumenta a retenção de informações.
Katie McMahon, gerente geral da SoundHound
“O caso de amor que temos com o design de hardware migrará para um caso de amor ao design conversacional. Embora eu duvide que um Jony Ive (famoso chefe de design da Apple) da voz surgirá em 2020, prevejo que até o final desta década, saberemos os nomes de alguns reverenciados designers de VUI. Serão aqueles que podem projetar o futuro, entendendo suas atuais limitações e trajetórias técnicas, enquanto aproveitam os princípios orientadores antropológicos, sociológicos e humanitários em primeiro lugar”.
Roger Kibbe, evangelista de desenvolvimento sênior da Viv Labs/Samsung
“Em 2020, a presença de voz começará a ser um diferencial estratégico e de negócios para as empresas. Estamos indo além da voz como um projeto de inovação paralela, passando a estar mesmo nível de importância de estratégias para redes sociais, móvel e da web. As empresas que estabelecerem uma presença por voz começarão a colher os benefícios dos negócios em detrimento dos retardatários, bem como o que aconteceu com a web e os dispositivos móveis”.
Giulio Caperdoni, líder de inovação da Vidiemme
“Os assistentes passarão da classificação de intenção, que é um processo manual e rígido, para se tornar mais sofisticados, aprendendo com exemplos e superando as limitações impostas pelo mapeamento de todas as mensagens para uma intenção. A representação do estado e do contexto será aprendida com os próprios dados, permitindo que os usuários ensinem aos assistentes coisas que permitam a eles ser capazes de entender e responder a perguntas inesperadas”.
Tom Hewitson, fundador do Labworks.io
“2020 será o ano em que o ecossistema de aplicativos de voz começará a ganhar dinheiro significativo. Uma combinação de ferramentas aprimoradas das plataformas e um foco maior na criação de valor real pelos desenvolvedores finalmente convencerão os consumidores a começar a gastar dinheiro. É improvável que vejamos o primeiro unicórnio de aplicativo de voz nos próximos 12 meses, mas talvez veremos algumas centenas de startups apontando o caminho”.
Pat Higbie, co-fundador e CEO da Xappmedia
“A disponibilidade da Alexa e do Google Assistente firmemente integrada em veículos totalmente conectados começará a atingir massa crítica em 2020, e acelerará o uso de assistentes de voz. Isso vai atingir todas as partes interessadas, incluindo fabricantes de automóveis, plataformas de assistentes de voz, emissoras de rádio, serviços de streaming e marcas, que precisarão de uma estratégia de IA de conversação para saírem vencedores nessa mudança de paradigma”.
