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Internet das Coisas

Casa conectada ganha estímulo com Lei da Iot

Para José Roberto Muratori, da Aureside, Lei da Internet das Coisas vai trazer investimentos e alavancar projetos

A entrada em vigor da lei da Internet das Coisas (IoT) a partir do dia 1º de janeiro de 2021 abre boas perspectivas de negócios no país. Uma das expectativas é que os benefícios fiscais trazidos pela nova legislação até 2025 também estimulem o mercado de casa conectada, que ganhou um grande impulso este ano com os assistentes de voz.

Um relatório recente da Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial (Aureside) sobre o mercado de casas inteligentes e conectadas no país projetou um crescimento médio anual de 22% nos próximos cinco anos, ou seja, evolução de 178% até 2025.

Para José Roberto Muratori, diretor-executivo da Aureside, a desoneração fiscal proposta pela Lei de Internet das Coisas só tende a facilitar novos investimentos, além de alavancar projetos que já estão em andamento em conectividade e automação.

“A conectividade fala alto neste momento, impulsionando negócios”, observa Muratori, que nesta entrevista fala sobre os impactos que a nova lei vai trazer para o mercado.

NewVoice – Como a Aureside avalia a criação da lei?

José Roberto Muratori – A lei surge em um momento bastante especial. É notória a importância adquirida pela Internet das Coisas em todos os setores da economia. A comunicação entre equipamentos, sem a exigência de intervenção humana, proporciona resolver problemas as vezes complexos com rapidez e eficiência. E a desoneração fiscal proposta só tende a facilitar novos investimentos, além de alavancar projetos que já estão em andamento.

NewVoice – Quais os impactos que a lei trará para o mercado de internet das coisas?

José Roberto Muratori – É até difícil destacar quais setores da economia serão mais impactados pois hoje a Internet das coisas já é presente na rotina da maioria deles. Mas só de pensar em benefícios concretos para telemedicina, agronegócio e educação já bastaria para estarmos muito satisfeitos com a nova lei. Logicamente, esperamos que todos os setores que utilizam este tipo de tecnologia se beneficiem imediatamente.

NewVoice – De que forma essa nova legislação vai ajudar a impulsionar a casa conectada no país?

José Roberto Muratori – Os negócios em nosso mercado já estavam bem agitados antes da lei. O impulso dos assistentes de voz, a redução de custos em função do aumento da demanda e do surgimento de novos fornecedores foram importantes fatores que surgiram há bem pouco tempo (na verdade pouco mais de um ano) e criaram um cenário novo e promissor. O impacto da nova lei deve ser ainda melhor avaliado, mas alguns fatores chamam a atenção, como a maior preocupação com certificação de produtos (a lei também dispôs sobre regras para licenciamento desses equipamentos junto à Anatel). Ou seja, será melhor trabalhar com produtos certificados regularmente para poder utilizar os benefícios fiscais do que buscar soluções alternativas, não recomendadas…

NewVoice – Como a Aureside avalia o momento atual da casa conectada por aqui?

José Roberto Muratori – Como já citado acima, diversos fatores vêm impulsionando o mercado. Além disso, vivemos um momento muito importante, pois existe um maior reconhecimento pelo consumidor final dos benefícios de ter uma casa conectada. Logicamente, este ano atípico também proporcionou que as pessoas valorizassem mais a sua residência, onde criaram também seu local de trabalho, estudo e comunicação em geral. A conectividade fala alto neste momento, impulsionando negócios. Números preliminares mostram um crescimento de cerca de 30% nos produtos necessários para criar e/ou melhorar a conectividade básica nas casas (ou seja, acesso à internet, aos serviços de streaming, de videoconferências, etc.) As questões que envolvem diretamente a automação devem vir logo em seguida, pois uma vez bem atendida a questão da conectividade, os moradores irão em busca de mais segurança, conforto e lazer com certeza.

NewVoice – Dá para estimar o crescimento desse mercado no país nos próximos anos?

José Roberto Muratori – Recentemente publicamos um relatório sobre o mercado brasileiro de casas inteligentes e conectadas. As perspectivas são de um crescimento médio anual de 22% nos próximos cinco anos, o que daria uma cumulado de 178% até 2025. Para ter uma base de comparação, a projeção estimada do PIB brasileiro neste mesmo período é de 18%, ou seja, a taxa de crescimento do nosso mercado pode chegar a 10 vezes mais do que a média da economia.

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