Os dispositivos vestíveis começam, aos poucos, a entrar na vida dos brasileiros. Os números da IDC Brasil sobre este mercado mostram bem a evolução do negócio. No ano passado, foram vendidos 1.394.857 fitbands e smart watches, duas das categorias dos chamados wearables, com crescimento de 81% em relação a 2019.
Segundo os dados do IDC Brasil, na categoria fones de ouvido truly wireless com alguma conexão com a internet ou função inteligente, as vendas chegaram a 567.781 unidades, com alta de 284%.
“O boom foi no 3º trimestre, quando alguns fabricantes reportaram índices históricos de vendas, e com uma demanda que se estendeu pelo 4º trimestre”, conta Renato Murari de Meireles, analista de pesquisa e consultoria em Mobile Phones & Devices da IDC Brasil.
Para ele, a preocupação em monitorar a saúde devido à pandemia motivou a compra de 335.871 pulseiras e relógios inteligentes , muitos deles possuem uma integração com os assistentes de voz, nos meses de julho a setembro de 2020.
Para este ano, segundo a previsão da IDC Brasil, é que as vendas nas categorias fitbands, smart watches e fones de ouvido truly wireless mantenham uma forte tendência de crescimento.
“São categorias novas, com muito espaço para crescer e que vêm sendo bastante demandadas por um público adepto a estas tecnologias e consequentemente muito ofertado pela indústria, com recursos e conceitos cada vez mais aprimorados”, justifica Meireles.
A projeção para este ano é de vendas de mais de dois milhões de unidades de pulseiras e relógios inteligentes, e de quase um milhão de fones de ouvido sem fio e com integração com outros dispositivos. A expectativa para este ano é uma entrada mais forte do setor corporativo no mercado de wearables.
Com isso, o país seguirá na trilha do que acontece no mercado internacional. Uma projeção do Gartner para 2021 aponta um volume de negócios no segmento de wearables na casa dos US$ 81,5 bilhões, uma evolução de 18,1% na comparação com os US$ 69 bilhões de 2020.