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Voice Talks

Assistentes de voz precisam se tornar mais inclusivos

Essa é uma das conclusões do episódio do Voice Talks que debateu a importância da diversidade na voz

Tornar os assistentes de voz mais inclusivos e integrar comunidades de desenvolvedores locais para criar produtos que reflitam as diferenças dos públicos. Essas foram as principais conclusões do Voice Talks, evento promovido pelo Google Assistente na semana passada, que teve como tema a diversidade na criação de produtos com voz.

Para Alana Conner, pesquisadora da equipe de UX do Google Assistente, o caminho para o desenvolvimento das soluções de voz é tornar os produtos mais inclusivos para todos os usuários.

Segundo ela, existem três fundamentos no desenvolvimento voltados para inclusão e text-to-speech em assistentes digitais. O primeiro é que as pessoas gostam de ouvir o som da própria voz.

Assim, é importante que os assistentes digitais incluam tons e até mesmo sotaques de grupos geográficos e grupos étnicos para que mais pessoas se sintam representadas.

Além disso, a pesquisadora considera que os grupos historicamente estereotipados costumam ser os que mais se entusiasmam com tecnologias que os representem de forma legítima.

Um outro elemento importante que deve ser levado em consideração durante o desenvolvimento de vozes para o assistente de voz é integrar comunidades de desenvolvimento locais para melhor representar as vozes.

Um caso que ilustra essa ideia trazida pela pesquisadora é uma iniciativa do Mozilla Common Voice de integrar o idioma Suaíli em sua base de dados. Para esse projeto foram investidos US$ 3,4 milhões para contratar desenvolvedores e trazer voluntários nativos da língua africana.  

Participação das mulheres

No desenvolvimento de produtos mais inclusivos, a presença das mulheres na indústria da voz e na IA conversacional é fundamental. Lilian Rincon, diretora sênior de gerenciamento de produtos do Google, contou que em seus projetos as mulheres ocupam cargos elevados no desenvolvimento de actions e em tecnologias para o próprio Google Assistente.

Segundo ela, é importante que as pessoas por trás da criação dos produtos representem aquelas que irão usá-las, pois evita que estereótipos de gênero ou etnia sejam reforçados. 

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