O Google pode enfrentar uma ação coletiva na Justiça da Califórnia relativa à quebra de privacidade no uso do seu assistente de voz, segundo um juiz federal do estado.
O processo acusa a empresa de gravar conversas de alguns usuários e, depois, analisar as gravações para direcionar publicidade, embora a ativação do assistente de voz tenha sido sem querer.
A juíza Beth Freeman na semana passada, em uma decisão de 37 páginas, negou a moção do Google para encerrar o processo.
Segundo a empresa, sua política de privacidade permite o uso das informações registradas mesmo após uma falsa aceitação.
No entanto, o juiz disse que os usuários de dispositivos, provavelmente, não interpretaram a política de privacidade dessa forma.
“Embora a política de privacidade do Google divulgue que irá coletar e usar informações para publicidade direcionada, ela não informa suficientemente os usuários de que usará gravações feitas na ausência de ativação manual ou expressão de palavras de ativação”, escreveu Freeman na sua decisão.
Em um comunicado emitido na semana passada, apesar de não se referir diretamente ao processo, o Google ressaltou que não retém as gravações de áudio do Google Assistente por padrão.
“O Google Assistente foi desenvolvido para manter suas informações seguras, privadas e protegidas”, disse um porta-voz da empresa.
O comunicado diz que “por padrão, não retemos suas gravações de áudio e tornamos mais fácil o gerenciamento de suas preferências de privacidade, com respostas simples às suas perguntas sobre privacidade ou habilitação do modo visitante”.
Enquanto o modo visitante está ativado, o Google “exclui automaticamente as gravações de áudio e a atividade do Google Assistente da conta do proprietário do dispositivo”, segundo o que explica a página de suporte do Google Assistente.
A ação é movida por sete usuários, proprietários de dispositivos Google Home, Samsung Galaxy Tab ou Google Pixel. Eles alegam que uma vez que o Google descobre que você não quis acionar o assistente de voz, ainda usa o conteúdo de suas conversas privadas para personalizar anúncios.
Fonte: Cnet