O processo de compra da Nuance Communications pela Microsoft está oficialmente concluído. O negócio de US$ 19,7 bilhões foi autorizado após a União Europeia e o Reino Unido afirmarem que o acordo não traz preocupações de concorrência ou monopólio no Espaço Econômico Europeu (EEE).
Com essa aquisição, o objetivo da Microsoft é ampliar a presença no setor da saúde privada, usando as principais tecnologias da Nuance. Nos Estados Unidos, a empresa é líder nessa área, tendo entre seus principais clientes os maiores hospitais particulares do país, como o Johns Hopkins e o Mass General Brigham.
Assim, a Microsoft pretende fazer uso da tecnologia de voz da Nuance, visto que é uma área que tem crescido desde o início da pandemia de Covid-19. Uma pesquisa publicada pelo site Voicebot destaca que, nos últimos dois anos, o número de pessoas que usaram um assistente de voz para serviços de saúde aumentou de 7,5%, em 2019, para 21%, em 2021.
A compra da Nuance traz uma vantagem para a Microsoft, pois permite que ela não precise desenvolver tecnologias de voz do zero. Além disso, um dos produtos que despertaram o interesse da Microsoft é o Dragon, um software de reconhecimento de fala que transforma comandos de voz em texto. Com isso, acredita-se que um dos principais objetivos da transação é usar a tecnologia do Dragon para desenvolver chatbots e assistentes virtuais.
“A conclusão desta aquisição significativa e estratégica reúne a melhor IA conversacional da Nuance e a inteligência de ambiente com as ofertas seguras e confiáveis de nuvem do setor da Microsoft”, comentou Scott Guthrie, vice-presidente executivo de Nuvem e IA da Microsoft.
Além da Microsoft, uma das empresas que mais tem investido no setor da saúde por meio de assistentes de voz é a Amazon. Recentemente foram lançadas novidades para a Alexa que permitem identificar sintomas de uma possível doença e conversar com médicos da Teladoc Health, usando um smart speaker ou smart display.