Com previsão de chegar ao mercado em 2022, o protocolo Matter promete revolucionar o processo de automação para quem deseja ter uma casa inteligente. Fazer os desenvolvedores tirar o maior proveito desse novo sistema é a preocupação que o Google deixou bem clara durante o Google Smart Home Developers Summit da semana passada.
Além de anunciar o novo Google Home IDE, solução capaz de agilizar os processos de desenvolvimento e os fluxos de trabalho em um único lugar, a empresa prepara para o próximo ano o lançamento de uma série de ferramentas.
Uma delas é o Google Visual Studio Code. Segundo Melissa Ho, engenheira de Soluções Técnicas Sênior Google, quando um desenvolvedor vai integrar um dispositivo de casa inteligente com o Matter ele começará escrevendo um código no Studio Code.
Depois, para fazer com que os dispositivos Matter funcionem com o ecossistema do Google, é preciso acessar o Console de Actions, para registrar, configurar e implantar uma action de casa inteligente.
A segunda ferramenta apresentada no evento foi o Google Cloud Logging (antigo Stackdriver), que oferece a capacidade de ver registros em tempo real sobre as respostas para sincronização de solicitações, consulta e execução para notificações nos testes em dispositivos.
Outra solução é o Test Suite for Smart home. Ele é um aplicativo que permite fazer um autoteste das actions antes da certificação. A empresa diz que esse recurso é capaz de executar casos de teste automaticamente a partir das características da conta.
Na apresentação, a engenheira trouxe uma prévia do Google Home IDE. Pelo que foi mostrado, ele é capaz de reunir todas as ferramentas que os desenvolvedores usarão no Matter em um único ecossistema.
Segundo ela, o IDE é uma extensão do Google Visual Studio Code, que “oferece um fácil acesso às ferramentas para os desenvolvedores”. Além disso, o IDE se integra ao Google Cloud Logging para mostrar dados dos dispositivos em tempo real.
Confira abaixo a apresentação completa de Melissa Ho durante o Smart Home Developers Summit:
Outra novidade ficou por conta do desenvolvimento de Rotinas Sugeridas no aplicativo Google Home. Com isso, os fabricantes de dispositivos podem criar rotinas personalizadas para automatizar a casa.
Segundo John Feig, engenheiro de Soluções Técnicas do Google, há uma série de assuntos que precisam ser levados em consideração em uma rotina, como a qualidade da resposta, o status do dispositivo e os tokens.
A empresa disponibilizou um documento com mais de 200 exemplos de consultas para 20 dispositivos. Entre alguns dos aparelhos presentes no documento estão luzes, termostatos, plugues, aspirador de pó robô, cadeado inteligente e micro-ondas. Lançado primeiramente em inglês, francês e alemão, o português estará disponível em breve.
O engenheiro apresentou o Google Home Playground, uma ferramenta sem código que permite testar as integrações do Google Home com dispositivos do navegador web. Confira abaixo um preview do Home Playground:
Outra novidade ficou por conta das atualizações do Test Suite for Google Home. Agora, os desenvolvedores podem adicionar o login do Google para terem suporte a consulta e não precisarão de uma chave da conta de serviço.
John Feig também apresentou o Home Graph Viewer, capaz de mostrar o status atualizado do dispositivo, por exemplo, se ele está ligado/desligado. Segundo ele, essa ferramenta é útil na implementação de status no relatório e para ver rapidamente os valores atualizados no Home Graph.
O engenheiro também anunciou uma Central para desenvolvedores, ainda sem previsão de lançamento, que será o principal local para informações. Lá, os parceiros e desenvolvedores terão uma única fonte para conhecer requisitos. Outra ferramenta, ainda em fase de desenvolvimento, é o Monitoring Updates, que cria alertas com base na taxa de sucesso.
