A União Europeia está investigando se o Google violou a lei antitruste ao fazer com que os fabricantes de dispositivos Android instalassem o Google Assistente como assistente de voz padrão.
Segundo um relatório da Comissão de Concorrência da União Europeia, será examinado se a empresa está obrigando a presença do assistente, limitando a instalação das concorrentes. Ainda em estágio inicial, o relatório final deve ser apresentado apenas no primeiro semestre de 2022. Caso seja relatado algum problema, será iniciada uma investigação mais formal.
Em ações antitruste como essa, a empresa investigada é obrigada a pagar uma multa de até 10% de seu faturamento global. Recentemente, o Google já enfrentou problemas semelhantes com a União Europeia. Nos últimos três anos, a empresa foi multada em um total de US$ 9,5 bilhões por práticas anticompetitivas.
O primeiro caso aconteceu em 2017, em que foi preciso pagar US$ 2,7 bilhões por favorecer o próprio serviço de compras. Já em 2018, a empresa foi investigada e multada em US$ 5bilhões por uma situação parecida com a de agora, em que obrigou as fabricantes de dispositivos Android a pré-instalar o seus serviços de pesquisa e navegação.
A última multa aconteceu em 2019, quando foi preciso pagar US$ 1,7 bilhão por bloquear a publicidade de empresas rivais no serviço de busca.
Casos antitruste
Ainda em processo de avaliação, um relatório publicado pela União Europeia em junho deste ano revela que assistentes de voz como Alexa, Siri e Google Assistente realizam uma intensa prática anticompetitiva com as concorrentes.
A preocupação da UE se dá por conta do valor que gera o mercado de voz, com a possibilidade de subir dos atuais US$ 4,2 bilhões para US$ 8,4 bilhões em 2024.
Fonte: XDA Developers / Voicebot / Comissão Europeia