Por Carolina Cabral*
O acesso à informação cresce exponencialmente e, para que seja tratada de forma adequada, é necessário uma tecnologia que permita o processamento de dados com alto desempenho. Isso explica a proliferação de ferramentas de Big Data nos diferentes setores. O recurso facilita o tratamento e a visualização dessas informações. A partir delas, é possível prever tendências e se preparar antecipadamente para mudanças de mercado – algo essencial para a cadeia de suprimentos.
Á área de compras é um dos exemplos que soube usar o Big Data com o foco em agilidade, produtividade, redução de custos e compliance. Quando apoiado com a inteligência de mercado, permite que a área fique mais analítica e tenha sucesso no planejamento e execução de ações.
Aqui no Brasil, por exemplo, as empresas já conseguem acompanhar de forma integrada indicadores econômicos, a gestão das categorias (quando e quanto comprar, a criticidade e o risco envolvido), o controle de fornecedores (risco, performance), gestão de contratos (consumo, índice de reajuste, momento de renegociar), desempenho da área (produtividade, redução de custo, custo evitado, SLA de atendimento), entre outros.
No processo de transformação digital da área de suprimentos, com a implementação dos indicadores, é possível identificar melhorias, mudar/criar estratégias e eliminar processos ineficientes.
O acesso às informações permite uma análise sobre o mercado, as oportunidades e os riscos, dando a possibilidade para as empresas se anteciparem as tendências e assim potencializarem os seus resultados.
Contudo, nem todas as empresas conseguem atingir um nível de excelência na análise de dados. Muitas têm dificuldades para identificar quais são as informações e como utilizá-las. É necessário saber escolher o que deve ser analisado e quais as perguntas que devem ser respondidas com elas.
Por fim, é essencial ter sintonia entre os especialistas de dados e os executivos. Somente um trabalho colaborativo garante o acesso às informações adequadas para que as tomadas de decisões, desde operacionais até as estratégicas, sejam corretas.
Os dados são os ativos mais importantes que uma organização pode ter. Não basta apenas ter o conhecimento da informação, é preciso utilizá-la com ferramentas para gerar insights no negócio. Quando está aliada a equipes com perfil analítico e que tenham profundo conhecimento da empresa, a taxa de sucesso tende a ser grande e a empresa consegue crescer mesmo com um cenário de intensa competitividade.
*Carolina Cabral é head de Procurement na Nimbi, empresa de tecnologia especializada em supply chain management