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IBM Watson

A jornada da IBM para difundir o Watson

As empresas estão diante de um novo desafio nos seus negócios: gerenciar e saber usar o grande volume de dados gerado hoje em dia para melhorar práticas e tomar decisões mais precisas. Só para se ter uma ideia, pesquisas apontam que 90% dos dados existentes foram produzidos apenas nos últimos dois anos. Ainda com pouca estrada no Brasil, a inteligência artificial parece ser a resposta para estes novos tempos.

A solução da IBM para atender a necessidade das empresas para cruzar dados de clientes, de vendas, dos negócios etc responde pelo nome de Watson, plataforma de inteligência artificial, parte do IBM Cloud. O Brasil é visto, globalmente, como o segundo mercado da companhia que foca sua estratégia em 20 segmentos.

No país, a IBM já coleciona cases em uma série de setores, como financeiro, automobilístico, de seguros, de varejo e de educação. “Do ponto de vista de posicionamento, temos levado o Watson a todos os setores, pois ele pode ser aplicado em diversas áreas de uma empresa”, explica Roberto Celestino, Watson AI Sales Specialist da IBM Brasil.

Apesar de reunir importantes cases no portfólio, como o Bradesco, com a BIA, o Banco do Brasil e a Volkswagen, a IBM sabe do trabalho que tem pela frente para difundir a tecnologia no mercado brasileiro. Nas visitas que faz às empresas, Celestino tem um termômetro da aceitação da inteligência artificial por aqui, até o momento.

Para Celestino, aos poucos, o mercado começa a entender as vantagens que a inteligência artificial pode trazer para os negócios das empresas. Entre os benefícios estão a automatização de inúmeros processos, os ganhos de produtividade e a redução de custos, além de se ter uma melhor experiência no relacionamento com os clientes, internos ou externos.

No entanto, barreiras ainda existem, como a falta de visão de não pensar o futuro do negócio com a inteligência artificial, o volume de processos ainda executados manualmente pelas empresas e a qualidade de nossas linhas telefônicas. É bom lembrar que tudo que não é digital dificulta a implementação da tecnologia de inteligência artificial.

“Algumas empresas já estão se adaptando a esse novo mercado, investindo na tecnologia e na capacitação das pessoas. Muita coisa vai mudar devido ao benefício que a inteligência artificial traz para os processos”, analisa o executivo, destacando como lado positivo o fato de as empresas brasileiras serem aderentes à inovação nos seus negócios.

Complexidade e custos

Ninguém duvida do poder de fogo do Watson, mas alguns apontam na inteligência artificial da IBM uma certa dose de complexidade. Celestino tem a resposta na ponta da língua: “o Watson é amigável para construir uma solução. A complexidade depende do projeto em si, com suas integrações e soluções, e não de fato do Watson”.

Na construção da inteligência artificial Watson, observa Celestino, a empresa precisa enfrentar uma jornada, pois a solução exige um processo de aprendizagem o tempo todo. Como a tecnologia permite a integração de vários elementos, é possível começar com um projeto pequeno e ir crescendo com o tempo.

Um exemplo é a BIA, inteligência artificial implementada pelo Bradesco. O projeto começou internamente, em um ambiente controlado, para só depois chegar aos clientes do banco. Já a Volkswagen pensou desde o início no usuário final. “É possível ter resultados em poucas semanas. Isso vai depender do apetite do cliente e do tamanho do time destinado ao projeto”, aponta o executivo da IBM.

O custo de implementar uma solução de inteligência artificial com o Watson, observa Celestino, também é um item que depende do tamanho do projeto. No caso da tecnologia da IBM, a precificação está relacionada diretamente ao tipo de aplicação e volume de utilização feita pelo cliente.

Estímulos à inteligência artificial

Alto volume de dados, mais capacidade computacional de processamento e maior nível de conhecimento da tecnologia são fatores que levam a crer que a inteligência artificial não será apenas mais uma onda. Ela veio para ficar. Só que para isso é preciso também investir em ações não apenas para criar a cultura, mas também para capacitar as empresas.

Com essa cartilha em mente, a IBM vem fazendo uma série de ações para criar espaço para essa tecnologia. A mais recente envolve, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a criação de um avançado centro de inteligência artificial, com investimento de US$ 10 milhões.

No processo de criação deste novo ambiente para a inteligência artificial no país, a Fapesp abriu uma chamada para receber propostas de universidades ou centros de pesquisas que queiram sediar o centro. O prazo final para submissão das propostas vai até o dia 15 de abril.

“A ideia do centro é alavancar algumas expectativas que temos no país”, observa. Na busca para aumentar a base e o conhecimento sobre o Watson no país, a IBM também investe em ações como um programa de formação que envolve a certificação do Watson, parcerias com universidades e no relacionamento com sua rede de parceiros de negócios – revendedores e integradores da solução.

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