Os alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental que utilizam o bot Stryx, da Editora Moderna, como auxiliar nos estudos, dentro de mais algum tempo poderão conversar com a solução. A empresa tem planos de desenvolver uma versão da assistente virtual para voz. Por enquanto, a solução está na web e em aplicativo.
Para Gabriela Dias, consultora digital da Editora Moderna, a chamada geração alfa, pessoas nascidas a partir de 2010, fará a interação por voz de maneira natural. Por isso, considera fundamental o desenvolvimento e o lançamento do projeto de voz da Stryx.
“Nós que trabalhamos com educação desde os primeiros anos dos alunos, não podemos esperar que essas crianças cheguem aos 15, 16 anos para pensar em soluções que as atendam. Então nosso foco para a interação por voz é a geração alfa”, observa Gabriela.
Segundo ela, a Stryx foi pensada para a geração Z, os nascidos em 2000, que interage por texto predominantemente. “Mas os primeiros passos para que ela tenha voz fazem parte do nosso roadmap”, contou a consultora, acrescentando que ainda não exista uma data para o lançamento da versão por voz.
O bot, lançado no início de 2019, esclarece dúvidas de Matemática, Português, Ciências, História e Geografia. O aluno que tem acesso à Coleção Araribá de livros didáticos, ao ter os livros em mãos passa a poder interagir com a plataforma para esclarecer dúvidas das matérias citadas.
A consultora contou também que há a intenção de que outras matérias, como Artes e Língua Inglesa, por exemplo, sejam incorporadas ao assistente em breve, para que a versão da Stryx via voz, quando chegar, seja ainda mais completa.
Inteligência artificial
Com seis meses de operação completados em junho e uma série de problemas técnicos enfrentados até abril, a Stryx fechou o semestre com uma média de 30 mil acessos mensais, número considerado satisfatório dentro das circunstâncias.
Para um futuro mais imediato, a intenção da Editora Moderna é dar ao bot uma inteligência artificial. Por enquanto, a Stryx tem respostas pré-programadas de acordo com as dúvidas dos alunos. “É um dos caminhos que estamos analisando. A Stryx precisa ter capacidade de estar aberta a dialogar de fato”, comenta.
A consultora adianta que outros desses caminhos são o educabot, o incremento da gamificação para os alunos e um feedback aos professores sobre as atividades realizadas pelos estudantes com a Stryx. O educabot será a versão paga da solução.
Gabriela conta que a ideia é que o aluno tenha acesso a ela mesmo sem comprar o livro, pagando por isso. Com uma gamificação mais completa, a intenção é que o estudante se motive a permanecer em contato com a Stryx por mais tempo. Para isso, pode ser criado um ranking, entre outras iniciativas.
“Em relação aos dados passados aos professores, faremos com que eles passem a saber quais as maiores dúvidas dos alunos em relação a determinada matéria e em que ponto interrompem a interação com o bot. Essas informações serão úteis para o dia a dia nas salas de aula”, observa a Gabriela.