Investir, nos próximos 10 anos, US$ 120 bilhões no ecossistema de inteligência artificial dos Estados Unidos. A proposta está em relatório que o Stanford University Institute for Human-Centered preparou para o governo do país. Segundo o documento, este valor seria dividido em U$ 2 bilhões para apoio a empreendedores e expandir a inovação; US$ 3 bilhões em educação; e US$ 7 bilhões em pesquisa interdisciplinar. Outros países colocam os investimentos em IA como prioridade.
Autores do relatório, os diretores do centro, John Etchemendy e Fei-Fei Li, consideram o subfinanciamento da IA uma ameaça à liderança global dos Estados Unidos, sendo uma emergência nacional. Líder do Stanford Computer Vision Lab, Li, até o ano passado, trabalhou como cientista-chefe de AI para o Google Cloud.
Uma estimativa da PWC mostra que a inteligência artificial representará US$ 15,7 trilhões para a economia global até 2030, lembra ao relatório. “As potenciais vantagens financeiras da IA são tão grandes, e não tem nada tão profundo, que o equilíbrio econômico global como o conhecemos poderia ser abalado por uma série de mudanças”, diz o relatório.
“Se guiada adequadamente, a era da IA poderia inaugurar uma era de produtividade e prosperidade para todos”, acrescenta o documento do Stanford University Institute for Human-Centered.
Outra proposta de financiamento para o desenvolvimento da IA vem do Computing Community Consortioum com um prazo de 20 anos. A entidade prioriza os aportes em educação personalizada, assistentes de IA e a criação de um centro nacional de pesquisa.
Uma legislação proposta ao Senado dos EUA, em maio, sugere a criação de um centro nacional de inteligência artificial e um financiamento anual de US$ 2,2 bilhões ao longo dos próximos cinco anos.
Segundo o FutureGrasp, cerca de 33 nações criaram estratégias para inteligência artificial, e colocam os investimentos em IA como prioridade. A China, por exemplo, estabeleceu, em 2017, um plano que prevê bilhões em investimentos para fazer do país líder global em IA até 2030.