Sundar Pichai, CEO da Alphabet e do Google, defendeu uma maior regulamentação da inteligência artificial em artigo publicado na edição de segunda-feira, 20 de janeiro, do Financial Times. Entre outros pontos, no texto ele cita o aumento dos deepfakes e os possíveis abusos da tecnologia de reconhecimento facial, além de exemplos de soluções do Google usando a tecnologia.
Segundo Pichai, é preciso criar propostas regulatórias para o uso da inteligência artificial. Para ele, em um mundo globalizado as regulamentações precisam ser o mais global possível.
“Para chegar lá, precisamos de um acordo sobre os principais valores”, apontou. “Empresas como a nossa não podem apenas construir novas tecnologias promissoras e deixar que as forças do mercado decidam como será usada”, acrescentou.
Em termos práticos, ele apontou a regulamentação existente, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados da Europa, como ponto de partida para legislação futura – apesar dos problemas que essa legislação em particular causou para o Google no passado. Pichai também enfatizou que as regras em torno da IA devem levar em conta fatores como segurança e justiça ao encontrar maneiras de equilibrar os possíveis benefícios e malefícios do desenvolvimento tecnológico.
No artigo, o CEO do Google levanta preocupações válidas sobre como as tecnologias, entre elas as comunicações na internet, o aprendizado de máquina e os algoritmos, desempenham um papel cada vez mais importante na vida das pessoas.
Pichai também diz que o Google quer ser “um parceiro prestativo e comprometido com os órgãos reguladores, oferecendo “nossa experiência e ferramentas à medida que navegamos juntos nessas questões”.