A Cerence anunciou nesta semana que a sua tecnologia de IA conversacional será integrada aos próximos carros da Mercedes-Benz Korea, trabalhando ao lado do GiGA, assistente de voz da KT, maior operadora de telecomunicações da Coreia do Sul.
A empresa apresentou o GiGA em 2017, como um decodificador de televisão alimentado por um assistente virtual integrado. Hoje, a solução permite usar a voz para acessar uma variedade de conteúdos, como serviços de streaming e até compras.
No caso da Cerence, a IA conversacional é baseada na sua tecnologia Cognitive Arbitrator. Com essa ferramenta, as montadoras são capazes de integrar diferentes assistentes de voz simultaneamente no carro. Assim, quando o sistema escuta o comando do usuário, ele encaminha as solicitações para o assistente que tenha a melhor resposta possível.
Os carros inteligentes da Mercedes usam no mundo todo o MBUX (Mercedes-Benz User Experience). Porém, agora os donos de uma Mercedes na Coreia do Sul poderão escolher entre o GiGA, da KT, ou o MBUX, da própria fabricante.
Segundo a Cerence, os motoristas não precisam se dirigir a um assistente de voz específico para receber a melhor resposta. A empresa diz que a inteligência artificial do sistema define automaticamente qual o melhor para atender a solicitação. Assim, os usuários já acostumados com o padrão do MBUX poderão continuar fazendo os comandos dizendo: “Hey Mercedes”.
“À medida que seus ecossistemas se tornam mais complexos, a interoperabilidade é fundamental, especialmente no carro”, disse Stefan Ortmanns, CEO da Cerence.
A Cerence lançou o Cognitive Arbitrator em 2020 com o objetivo de reunir a tecnologia de diferentes sistemas inteligentes, como o Apple CarPlay, Android Auto e Alexa Auto, em um só lugar.
Por enquanto, essa plataforma suporta assistentes de voz mais famosos, como Alexa, Siri, Google Assistente e Cortana.
“É imperativo que democratizemos o acesso a assistentes nos mercados globais e aproveitemos essas plataformas para obter seus pontos fortes, além de proporcionar uma experiência perfeita”, disse o CEO da Cerence.