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Google avalia como a IA pode servir melhor à humanidade

Estudo revelado nesta quinta-feira analisou 2600 aplicações em de mais 119 países

O Google.org lançou nesta quinta-feira, 12 de setembro, um relatório sobre como a inteligência artificial pode servir à humanidade de uma forma melhor. O estudo detalha como startups de impacto social, organizações sem fins lucrativos, formuladores de políticas governamentais e acadêmicos podem usar o aprendizado de máquina para abordar alguns dos maiores problemas da humanidade.

O estudo avaliou mais de 2.600 aplicações – de 119 países – para o Google AI Impact Challenge, um concurso público global para projetos que visam usar a IA para servir à humanidade.

A análise de IA foi complementada por entrevistas com candidatos e destinatários de desafios de impacto. Além disso, em maio deste ano, 20 organizações de várias partes do mundo receberam subsídios do Global AI Impact Challenge.

Entre os destinatários, está o Colegio Mayor de Nuestra Señora del Rosario na Colômbia, que usa a visão computacional e imagens de satélite para detectar operações de mineração ilegal conhecidas por contaminar a água potável local.

A Universidade de Nova York e o Corpo de Bombeiros de Nova York (FDNY), por exemplo, se uniram para reduzir o tempo de resposta para 1,7 milhão de chamadas de emergência anuais.

O relatório recomenda fortemente a criação de parcerias entre as organizações para reduzir redundâncias e agrupar recursos. Por exemplo, mais de 30 pedidos recebidos para o Global AI Impact Challenge foram focados no uso de IA para identificar e gerenciar pragas agrícolas.

O principal exemplo recente destacado no estudo foi um esforço do Facebook Department of Defense CrowdAI para criar o xBD, um conjunto de dados marcados com 700 mil imagens de satélite após oito eventos de desastres naturais. Esses dados podem ser usados para treinar sistemas de IA para identificar as áreas que mais precisam de assistência, informou o relatório.

A análise de aplicativos do Google também revelou uma falta de experiência na implantação de sistemas de IA. Na avaliação dos autores, isso está em linha com a conclusão do relatório de que 55% das organizações sem fins lucrativos e 40% dos candidatos a empresas sociais com fins lucrativos não tinham experiência anterior com IA.

O estudo também encontrou uma compreensão difusa das limitações da IA e do que é necessário para levar um projeto do conceito à conclusão.

“Muitos candidatos que eram novos na IA precisavam de uma melhor compreensão dos tipos de papéis de dados exigidos, e outros achavam difícil competir com organizações do setor privado ao contratar talentos técnicos”, diz o relatório.

Entre outros fatos a respeito dos candidatos ao Global AI Impact Challenge, é possível destacar que mais da metade das aplicações vieram de organizações com menos de 25 funcionários.

Além disso, as propostas recebidas como parte do Global AI Impact Challenge tocaram em todas as 17 metas de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas.

Outra revelação deu conta que os projetos de saúde representaram mais de 25% do grupo de mais de 2.600 candidatos, enquanto aqueles para ajudar o meio ambiente, a educação e o desenvolvimento econômico também foram comuns.

O Global AI Impact Challenge termina em fevereiro. O Google ainda não determinou se um segundo desafio de U$ 25 milhões será realizado.

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