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Centro de IA terá núcleo em São Carlos

Projeto, que envolve IBM, Fapesp e USP, vai iniciar atividades no começo do próximo ano

O Centro de Pesquisa em Engenharia em Inteligência Artificial terá um dos seus núcleos instalados no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), em São Carlos (SP). A sede principal do centro, previsto para iniciar atividades no começo do próximo ano, ficará no Centro de Pesquisa e Inovação InovaUSP, na Cidade Universitária, em São Paulo.

A implantação do centro é fruto de uma parceria entre a IBM, Fapesp e a USP. O projeto envolverá mais de 60 pesquisadores da USP e das universidades Estadual Paulista (Uniesp) e Estadual de Campinas (Unicamp), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Centro Universitário FEI e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

“O Brasil tem hoje uma comunidade científica forte em inteligência artificial que pode fazer grandes contribuições em áreas nas quais o Brasil tem chance real de ser líder internacional ou já lidera de alguma forma. Agora, com o novo centro de pesquisa, podemos catalisar os esforços”, explicou o coordenador do projeto, Fabio Cozman, que, no dia 28 de novembro, apresentará o projeto do novo centro no ICMC.

Investimento

Com financiamento de até 10 anos, IBM e Fapesp reservarão, cada uma, até US$ 500 mil anualmente para implementar o projeto, que contará com avaliações periódicas das atividades. Já a USP, por sua vez, investirá até US$ 1 milhão por ano em instalações físicas, laboratórios, professores, técnicos e administradores para gerir o centro.

O projeto foi desenvolvido para abarcar aplicações de inteligência artificial em eixos de pesquisa envolvendo aprendizado de máquina, processamento de linguagem natural, recursos naturais (óleo e gás), agronegócio, meio ambiente, finanças e saúde. Essas áreas também são foco do Laboratório de Pesquisa da IBM Brasil.

A iniciativa terá ainda um eixo transversal: inteligência artificial e sociedade, que contará com a contribuição de pesquisadores das ciências humanas, ligados a áreas como ciências políticas, direito e economia. Estão previstos, por exemplo, estudos sobre as implicações socioeconômicas da inteligência artificial na sociedade, contribuindo para debates que envolvam questões sobre ética, relação homem-máquina, privacidade e trabalho.

“Nosso objetivo é levar a pesquisa em inteligência artificial no país a um novo patamar, com o intuito de beneficiar a sociedade. Estamos interessados em discutir como essa tecnologia pode ser melhor aproveitada pela sociedade”, conclui Cozman.

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