O vice-presidente de pesquisa do Google, Prabhakar Raghavan, vice-presidente de pesquisa do Google, pediu ajuda aos funcionários da empresa para corrigir respostas erradas do Bard, o chatbot de inteligência artificial que é a maior ameaça ao ChatGPT, da OpenAI. O apelo consta em um e-mail interno, enviado na quarta-feira, dia 15, ao qual a emissora norte-americana CNBC teve acesso.
O e-mail incluía um link para uma página com instruções do que fazer e do que não fazer com o Bard.
“Bard aprende melhor pelo exemplo, então reservar um tempo para reescrever uma resposta cuidadosamente nos ajudará a melhorar o modo”, diz o texto.
Durante um evento online no início do mês, o Google exibiu um vídeo de apresetação do Bard no qual ele trouxe uma informação errada. O chatbot afirmou que o Telescópio Espacial James Webb tirou as primeiras fotos de um planeta fora do sistema solar da Terra. Na verdade, o primeiro foi o Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul. Esse episódio fez as ações da Alphabet, controladora do Google, caírem 9%.
De acordo com a CNBC, o CEO Sundar Pichai pediu aos funcionários que passassem de duas a quatro horas de seu tempo no Bard. Para tal, os funcionários receberam orientações de manter as respostas “educadas, casuais e acessíveis”, assim como um “tom neutro e sem opinião”.
Também há uma determinação para que os funcionários evitem “fazer presunções com base em raça, nacionalidade, sexo, idade, religião, orientação sexual, ideologia política, localização ou categorias semelhantes”.
Além disso, eles foram proibidos de descrever o Bard com características humanas. “Não descreva Bard como uma pessoa, implique emoção ou afirme ter experiências semelhantes às humanas”, diz o documento.
O Google ainda instruiu os funcionários a sinalizarem com um “polegar para baixo” nas respostas que oferecem “aconselhamento jurídico, médico e financeiro” ou são odiosas e abusivas.
“Não tente reescrever; nossa equipe assumirá a partir daí”, diz o documento.