A Amazon anunciou nesta segunda-feira, 1º de março, a disponibilidade geral do Alexa Conversations nos Estados Unidos. Segundo a empresa, a tecnologia é o primeiro e único gerenciador de diálogo baseado em inteligência artificial (IA) para o desenvolvimento de aplicativos de voz.
Lançado inicialmente em junho do ano passado em versão beta, o Alexa Conversations utiliza o deep learning para o desenvolvimento de apps com menos linhas de código e menos dados de treinamento. De acordo com um post no blog de desenvolvedores da Alexa, um aplicativo que necessitava, por exemplo, de 5.500 linhas de código para ser criado, agora precisa apenas de 1700.
Além disso, o modelo busca tornar os diálogos da assistente de voz mais naturais e interações mais dinâmicas. Assim, segundo a Amazon, conversas que poderiam levar 40 falas foram reduzidas para cerca de uma dúzia.
Segundo a empresa, o gerenciador de diálogo de conversas dispõe de dois elementos: um simulador de diálogo e uma arquitetura de modelagem. O simulador de diálogo generaliza uma quantidade de amostras. Já a arquitetura de modelagem usa os diálogos gerados para treinar modelos baseados em deep learning, para que a IA ofereça mais caminhos de conversa.
Em versão beta desde o meio do ano passado, o Alexa Conversations recebeu novos recursos. Entre eles estão: mensagens de erro aprimoradas, fluxos de trabalho de autoria aprimorados e um guia de design de aplicativo atualizado.
Tecnologia de voz em meio à pandemia
De acordo com o site Venture Beat, o primeiro caso de uso do Conversations aconteceu em 2019. Na época, o recurso permitiu os usuários usarem as skills da Alexa para comprar ingressos de cinema e fizessem reservas para jantares e viagens. Apesar de essas funcionalidades não serem muito relevantes em um cenário de isolamento social, a pandemia da Covid-19 aumentou o interesse das pessoas pela tecnologia de voz.
Segundo um estudo da NPR e Edison Research, o número de proprietários de smart speakers aumentou entre o início de 2020 e o começo de abril. O levantamento mostra que 50% dos usuários na faixa etária de 18 a 34 anos disseram estar consumindo notícias pelos dispositivos. Já 52% disseram estar ouvindo música.
Além disso, uma previsão da Juniper Research revela que o número de dispositivos domésticos inteligentes instalados vai subir dos atuais 7,4 bilhões para 13,5 bilhões em 2025.