O governo chinês se reuniu com 11 grandes empresas de tecnologia para discutir a segurança envolvida nos áudios sociais e na geração de vozes sintéticas. Entre as empresas que se encontraram com a Administração do Ciberespaço da China estão algumas reconhecidas mundialmente, como Tencent, Alibaba, Xiaomi e Bytedance, desenvolvedora do Tik Tok.
O objetivo da reunião foi concentrar mais esforços para prevenir futuros problemas de fraude e roubo de identidade por meio da tecnologia de voz. Apesar da discussão ter ocorrido recentemente, a pauta não é atual no país. Em 2019, o governo chinês proibiu totalmente que qualquer empresa produzisse áudios e vídeos falsos, além de banir o uso de vozes sintéticas e qualquer tecnologia relacionada.
De acordo com o site Voicebot, após a reunião, a China lançou novas regras que orientam a regulamentação da tecnologia de áudio social e síntese de voz. Dessa forma, o Ministério de Segurança Pública chinês afirmou que as agências terão que ampliar todas medidas de segurança em torno da tecnologia.
As discussões sobre o áudio social têm ganhado destaque por conta da popularidade da rede social Clubhouse. Apesar de ser uma plataforma exclusiva, ele já conta com 10 milhões de usuários, estimulando o surgimento de novos concorrentes, como o Twitter Spaces.
Além disso, o uso de vozes sintéticas tem se destacado na área da inteligência artificial (IA). É o caso da empresa sul-coreana Supertone, que foi capaz de “reviver” a voz de um famoso cantor folk que morreu em 1996.